Onde
ando, não posso morar.
Onde moro
não posso ficar.
Carrego
comigo a sina doida de viver errante.
Não quero
casa, não quero abrigo.
Quero a
liberdade de escolher minha eterna prisão.
Sou
prisioneira do mundo, sou refém de mim mesma.
Não quero
alegria, não quero tristeza
Quero arrancar os dentes
Quero
beber meu próprio sangue.
Não quero
a piedade dos homens nem a solidariedade das mulheres.
Quero a
solidão das noites frias, quero ver a morte e coabitar com ela.
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