sábado, 13 de junho de 2015

Prefiro o silencio do teu olhar

Palavras me engasgam
Palavras não bastam
Eu quero ensurdecer
São tantas palavras
São tantos desejos
Eu quero emudecer
Não quero palavras
Não quero desejos
Prefiro o silencio do teu olhar

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Ontem eu morri.
Hoje eu me bebi
Saí pela porta dos fundos.
Corri pelos matagais e me lanhei.
Quebrei meus ossos
Sangrei loucamente meu sangue até a última gota.
Ontem eu morri
Hoje eu me bebi
Sentei no chão e baguncei meus cabelos
Tire as mãos do meu cabelo!!!
Quero só você perto de mim hoje!
Não consigo entrar, acho que perdi a chave de mim.
Eu morri
Não quero assistir a primavera da janela
Vou cuspir você na minha cara ,
Vou jogar fora sentimentos
Vou morrer de novo amanhã
E acordar novamente dentro de você.
Tenho uma dor que muito me dói
Um espinho em minha carne
um espinho crudelíssimo
Tenho uma dor que me destrói.
Tenho uma alegria fantástica
Tenho uma alegria notável que me deixa doida.
Uma alegria , um entusiasmo, um prazer imensurável.
Tenho em mim uma loucura
Uma insanidade, um desatino.
Tenho em mim um sossego
Tenho em mim uma paz, um amolecimento meu
e tenho um receio, uma agitação.
Eu não sou nada disso. É isso que eu sou.
Penso que estou apaixonada
Penso que te amo.
Penso em você
Penso,penso,penso,penso,penso,penso,penso.
Descabelo, bebo, como, grito, corro, choro, me irrito.
Penso em você,
Penso em mim,
Tenho pena de mim.
Vou embora e não volto mais.
Às vezes a dor me dói
Eu não sei o que pensar.
Fico parada
Fico sozinha
Fico doendo
Remoendo
Me esfolo
E de repente mando tudo às favas.
Já tive medo, ñ tenho mais.
Já tive fome, ñ tenho mais.
Já tive dor, ñ tenho mais.
Ñ tenho medo de ser feliz.
Acredito na vida, acredito no amor.
Viver é arte, e é preciso ter talento
Se fico triste, fico muito triste.
Se fico doida, fico muito doida.
Se fico com fome, faminta.
Se fico com sede, bebo.
Se fico alegre, é muita alegria.
Se fico brava, violenta.
Se fico louca, enlouquecidamente fico.
Eu sou muito
Eu sou exagerada.
Eu me lambuzo!
Não sou o que sou, nem sei o que sou.
Quem sou eu afinal?
Não sou o que penso, nem o que pensam que eu sou.
Não sei, não sei, não sei.
Quem sou eu? O que sou?