Dois poemas de uma vez
Vanêssa Nascimento
Escorre
Calma
violência
Espera
desespero
O sangue
escorre
A lágrima
escorre
O suor
escorre
Não vou
esperar por você
Não quero
que espere por mim
O dia
morre
A noite
corre
Estou derretendo
lentamente.
As horas
não passam, arrastam.
Solto faíscas,
não sei até quando.
Vai Morrer
Estou
presa
Presa numa
camisa de força
Debaixo d’àgua,
sem saída
Sem alternativa
Falo e
ninguém me escuta
Clamo e
ninguém me ouve
Grito o
meu grito louco, sangrento
Enlouqueço,
apodreço.
Ouço:
Coitadinha,
vai morrer!
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