terça-feira, 28 de dezembro de 2010

POEMA QUASE MUDO

Peguei a caneta
pra escrever um poema.

Desenhei no papel
figuras geométricas, fiz
rabiscos.
Pensei nas palavras,
Nas rimas,
Nas poesias,
Nos poemas que gosto.

Pensei em falar de Deus, 
do mar,das montanhas.
Desenhei traços abstratos.
E percebi um poema desenho.

Um poema sem rima,
Sem versos.
Um poema pra se olhar e voar.

Peguei a caneta e o papel
E percebi que meu poema
é expressão de um pensamento
calado, quase mudo,
que prefere ser observado que ser lido.

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